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Sequestradores são atraídos pelas facilidades da transferência instantânea via PIX
O titular da Delegacia Antissequestro (DAS) da Polícia Civil, delegado Claudio Góis, admitiu que o PIX, sistema de transferência instantânea de valores em dinheiro pelo celular, beneficia a atuação das quadrilhas de sequestradores, ainda que seja possível identificar o destinatário que recebe os valores.
Em dois meses, pelo menos seis casos dos chamados ‘sequestros relâmpagos’ foram registrados na Região Metropolitana do Rio. Um deles ocorreu com um arquiteto de 28 anos, que chegava para fazer o orçamento da obra de uma casa na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio, quando dois homens o obrigaram a voltar para dentro do carro.
Ameaçado, o arquiteto transferiu R$ 1,2 mil de sua conta bancária, por meio do PIX. O profissional ainda foi forçado a telefonar para o pai, que é marceneiro, e para a mãe, uma técnica de enfermagem, para que eles também realizassem esse tipo de transferência. Mas o casal não tinha dinheiro.
Nem um possível rastreamento da transferência de valores em dinheiro via PIX tem inibido os sequestradores. Um vendedor de carros em uma loja de Botafogo, na Zona Sul carioca, recebeu a ligação de um suposto comprador interessado em quatro veículos. Ele marcou de assinar o contrato no escritório do “cliente”, em Irajá. Ao chegar, foi obrigado a entrar em um carro, levado para a Favela Jorge Turco, em Coelho Neto, e acabou tendo R$ 80 mil transferidos de sua conta-corrente, em seis transações via PIX.
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