Opinião | Papagoiaba

Tentando equacionar uma dívida de cerca de R$ 29 bilhões, o Conselho Administrativo da Companhia Siderúrgica Nacional, aprovou nesta segunda-feira, 14, a venda da Siderúrgica LLC, instalada nos Estados Unidos, para a Steel Dynamics, por US$ 400 milhões.

Em matéria publicada no dia 10 de março (https://www.papagoiaba.com/destaques/medidas-protecionistas-de-trump-podem-inviabilizar-plano-de-recuperacao-da-companhia-siderurgica-nacional), o Papagoiaba, revelou, que analistas do mercado financeiro enxergavam a siderúrgica LLC como moeda no projeto de recuperação da empresa, ainda mais diante da ameaça de elevação das taxas de importação norte-americanas em 25% para aço e em 10% para o alumínio, que ainda está sendo negociada entre os governos dos EUA e do Brasil.

A situação era tão emergente após o anúncio das medidas protecionistas adotadas pelo presidente Donald Trump, que a LLC, empresa do grupo CSN instalada nos EUA, teria que pagar mais caro pelo aço produzido na Usina Presidente Getúlio Vargas, também do Grupo CSN, instalada no Brasil. A LLC atua no setor de laminação - sem transformar ferro gusa em aço, como acontece na Usina Presidente Getúlio Vargas, em Volta Redonda, na Região Sul Fluminense.

O Grupo CSN, que projeta para este ano a venda da participação acionária na concorrente Usiminas, revelou, que o lucro líquido de R$ 1,486 bilhão registrado no primeiro trimestre de 2018, foi motivado pela atualização das ações da Usiminas, que passaram a ser registradas no resultado da empresa, que também admite a hipótese de negociar participações em duas hidrelétricas, na MRS Logística e na Sepetiba Tecon.

Antes da venda da Siderúrgica LLC, o Grupo CSN já tinha vendido a fabricante de latas Metalic pelo valor de R$ 330 milhões.

O Sul, Médio Paraíba e Centro-Sul do estado do Rio estão preocupados com prejuízos acumulados pela Usina Presidente Vargas, grande geradora de postos de trabalho nas citadas regiões.

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