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Vereador e policiais do 28º BPM são alvos de mandados de busca e apreensão em Volta Redonda
O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ), com o auxílio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e em parceria com a Corregedoria da Polícia Militar, realiza nesta quinta-feira, 17, o cumprimento de mandados de busca e apreensão em Volta Redonda e Barra Mansa, em endereços ligados a nove policiais militares do 28º BPM denunciados à Justiça por associação criminosa e corrupção passiva.
Além da busca e apreensão, o MPRJ obteve junto à Auditoria de Justiça Militar o afastamento de oito denunciados dos seus respectivos cargos na Polícia Militar.
O vereador e policial militar licenciado Welderson Sidney da Silva Teixeira (PEN), além dos crimes de associação criminosa e corrupção passiva, também foi denunciado por extorsão.
As denúncias tiveram origem nas operações “Camará” e “Katitula”, ambas deflagradas pela Polícia Federal de Volta Redonda em parceria com o GAECO para apurar a existência de associação criminosa voltada para o tráfico de drogas em bairros de Volta Redonda sob o domínio das facções criminosas Comando Vermelho e Terceiro Comando.
No decorrer das investigações, apurou-se que os traficantes desempenhavam suas ações ilícitas diante da conivência de alguns policiais militares lotados no 28º BPM, que recebiam valores para não coibirem o comércio ilegal.
Além disso, os mesmos policiais corruptos recebiam o pagamento de propina de traficantes ligados a facções criminosas, o que permitia a livre comercialização de drogas nas localidades de Volta Redonda.
A partir de diálogos de voz e SMS interceptados nas operações da Polícia Federal, verificou-se que o policial militar Flávio Henrique Ferreira Moreira negociava os pagamentos ilegais com os traficantes de drogas da região. Já Welderson, além de receber pagamento de propina para deixar de praticar atos de ofício, também obrigou traficantes da região, mediante ameaça com o emprego de arma, a lhe pagarem vantagens indevidas.
Além deles, também foram denunciados os PMs André da Silva Lamblet e Rodrigo da Silva Theodoro, por recebimento de propina para não reprimir o comércio irregular de drogas e medicamentos sem registro no Mercado Popular de Barra Mansa.
Luciano Barbosa da Silva, Caio Marcos Silva Nogueira e Ronaldo Marino Venancio Xavier receberam propina para não efetuarem a prisão de Nahum Machado Teixeira, que foi abordado pelos policiais portando armas de grosso calibre, entorpecentes e outros objetos relacionados a atividades ilícitas.
Já Alexandre de Oliveira e Márcio Oliveira Carneiro foram denunciados por fazerem parte de um grupo, denominado “C-20”, que se associou aos comerciantes de medicamentos não regulamentados para que os produtos pudessem ser vendidos, ilegalmente, no Mercado Popular de Barra Mansa, sem que houvesse repressão por parte dos policiais.
As investigações foram encaminhadas à Auditoria Militar para processamento dos crimes militares.
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