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Vereador de Búzios é procurado como líder de quadrilha na cidade da região dos Lagos
Agentes do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e da Polícia Civil realizam, nesta quarta-feira, 28, operação para cumprir mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva contra o vereador Lorram Gomes da Silveira (PRTB), acusado de liderar quadrilha que vendia e falsificava alvarás na cidade de Armação dos Búzios, na região dos Lagos.
O vereador, que ainda não foi localizado nos endereços indicados, foi investigado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ).
Lorram é acusado de ter promovido, constituído, financiado e integrado organização criminosa dedicada à prática dos delitos de corrupção passiva, uso de documento falso e estelionato enquanto ocupava o cargo de chefe de Gabinete do prefeito André Granado, entre novembro de 2018 e maio de 2019.
Segundo o Procedimento Investigatório Criminal n° 03/2021, houve a instalação de um sistema de “venda de alvarás” envolvendo servidores públicos e despachantes atuantes em Búzios. De acordo com depoimentos de testemunhas, era praticamente impossível a emissão de alvará em Búzios sem o pagamento de vantagem indevida a servidores. Com os depoimentos e análise dos dados de aparelhos celulares apreendidos, o vereador Lorram Gomes da Silveira foi identificado como líder da organização criminosa que, inicialmente, dedicava-se à facilitação da expedição de alvarás originais, mediante o pagamento de vantagem indevida. Posteriormente, o grupo passou a falsificar os alvarás negociados.
Era cobrada, em média, a quantia de R$ 5 mil para o então chefe de Gabinete do prefeito André Granado, Lorram Gomes da Silveira, ‘agilizar’ a burocracia e emitir os documentos de forma célere.
Parcela menor de tais valores era cobrada pelos próprios despachantes, a título de serviços prestados. Com a alternância da chefia do Poder Executivo municipal e, por consequência, de todos os cargos em comissão, o então Chefe de Gabinete, diante da lucratividade da empreitada criminosa e da venda antecipada dos alvarás, alterou o esquema ilegal passando a emiti-los em versão falsificada.
O MPRJ requereu ainda o bloqueio de bens de Lorram Gomes da Silveira no valor de cerca de R$ 9 milhões. A medida foi deferida pelo Juízo da 1° Vara da Comarca de Armação dos Búzios. Somadas, as penas previstas ultrapassam dez anos de reclusão.
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