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Petrópolis investiga 112 casos e registra primeira morte por leptospirose no município
Com 112 casos suspeitos, 19 confirmados e um óbito por leptospirose, a Secretaria de Saúde de Petrópolis, na Região Serrana fluminense, fez um alerta a população nesta quarta-feira, 6, para que procure uma unidade de saúde em caso de suspeita de infecção da doença.
Com as enxurradas provocadas pelas fortes chuvas que atingiram Petrópolis em fevereiro, 192 casos suspeitos de leptospirose foram notificados pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde. Destes, 19 foram confirmados, 61 descartados e um óbito foi registrado.
O secretário de Saúde de Petrópolis, Marcus Curvelo, confirmou que ainda há ainda 112 casos suspeitos aguardando o resultado de exame do LACEN (Laboratório Central de Saúde Pública). "Temos reforçado os alertas, principalmente por conta das chuvas que atingiram a cidade nos dias 15 de fevereiro e 20 de março. Os sintomas podem aparecer até 30 dias depois do contato com a água e lama das enchentes", explicou, acrescentando, que um rápido diagnóstico pode evitar o óbito. "Entre os sintomas da leptospirose se destacam a febre, dores no corpo e na cabeça", reforçou.
A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde do município serrano, Alessandra Sauan, explicou que "no caso de aparecimento dos sintomas, a pessoa deve procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua casa, Pronto Socorro ou hospitais para avaliação médica, pois não existe vacina contra a leptospirose", orienta Alessandra.
Secretaria de Saúde do Estado também emitiu alerta
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) também alertou a população fluminense para o aumento de casos de leptospirose em decorrência das fortes chuvas que atingiram o estado nos últimos dois meses.
O secretário estadual de saúde, Alexandre Chieppe, reforçou para a população fluminense sobre os riscos de contrair a bactéria causadora da leptospirose. "Estamos fazendo um alerta aos moradores de áreas atingidas pelas enchentes por conta do risco elevado de leptospirose. É uma doença transmitida pela urina do rato, que eventualmente se dilui na água ou na lama que a gente tem contato após essas enchentes", afirmou Chieppe.
A Secretaria de Estado de Saúde reforça quais os cuidados que a população deve tomar para evitar o contato com a bactéria que transmite a leptospirose.
- Evite o contato com água ou lama de enchentes ou esgotos. Impeça que crianças nadem ou brinquem nesses locais, que podem estar contaminados pela urina dos ratos.
- Após a água baixar, para retirar a lama e desinfetar o local, proteja-se com botas e luvas de borracha, evitando assim o contato da pele com água e lama contaminadas. Sacos plásticos duplos também podem ser amarrados nas mãos e nos pés.
- Para desinfectar a área atingida pela lama ou água da enchente, lave pisos, paredes e bancadas com água sanitária, na proporção de 2 xícaras de chá (400ml) desse produto para um balde de 20 litros de água, deixando agir por 15 minutos.
- Tenha cuidado com os alimentos que tiveram contato com água de enchente. Alguns devem ser jogados fora, outros precisam de tratamento especial nestas situações.
- Mantenha os terrenos baldios e as margens de córregos limpos e capinados. Evite entulhos e acúmulo de objetos nos quintais e nas telhas.
FOTO/reprodução - Leptospirose é uma doença transmitida pela urina do rato.
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