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MPRJ faz operação contra quadrilha que negocia peças de veículos apreendidos em depósito da ‘Rodando Legal’
O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) realiza, nesta quinta-feira, 23, a Operação Desmonte, para prender cinco pessoas acusadas de integrar quadrilha armada para a prática dos crimes de furto qualificado e receptação qualificada de peças de veículos acautelados em um antigo depósito do Detro administrado pela empresa Rodando Legal, em Mesquita, na Baixada Fluminense.
Os cinco foram denunciados à Justiça pela prática de associação criminosa, quatro deles ainda por furto qualificado e um ainda por receptação qualificada. A operação conta com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ). Os cinco mandados de prisão e busca e apreensão foram expedidos pela Vara Criminal de Mesquita.
Em março de 2020, diversas irregularidades ocorridas no depósito foram obtidas através de uma câmera escondida. Funcionários do local negociavam informalmente a venda de peças dos veículos acautelados, indicando, inclusive, que os próprios “clientes” poderiam retirar o material por conta própria.
O depósito era usado pelo Detro/Rodando Legal até 2018, quando foi encerrado o contrato para a guarda de veículos apreendidos. Os veículos, porém, permaneceram no local aguardando leilão.
O procedimento investigatório criminal foi instaurado a partir do compartilhamento de provas obtidas do processo nº 0010329-48.2019.8.19.0213, ajuizado após a deflagração da operação “Direção Perigosa”, que tinha por objetivo apurar a atuação de um grupo de milicianos nas localidades de Santo Elias, Jacutinga e Vila Emil, todas situadas em Mesquita.
A investigação apurou que o grupo criminoso retirava as peças dos veículos, e as repassava clandestinamente para diversos receptadores. As peças eram jogadas para fora do depósito por cima de um muro existente no fundo do terreno ou colocadas em mochilas e bolsas levadas ao local por diversos portadores, de forma que não pudessem ser visualizadas por outros funcionários do estabelecimento. A associação criminosa se utilizava ainda de armas de fogo para realizar a cobrança de "clientes" que adquiriam as peças desviadas.
A retirada de peças era feita notadamente por Bruno de Faria, vulgo Bruno Bomba, funcionário do depósito. De acordo com a denúncia, por vezes ele subtraía as peças e as substituía por outras defeituosas. Anderson Vilarinho de Souza, conhecido como Péia, atuava como intermediário na negociação das peças desviadas. Os funcionários do depósito Helton Reis Cordeiro, conhecido como Pastor, e Josiel Pereira da Silva, conhecido como Juninho, trabalhavam respectivamente como vigia e responsável pela portaria do depósito, e se utilizavam de tais funções para facilitar a saída das peças. O outro denunciado é Gemilson Valente Pires, conhecido como PQD, que atuava como segurança no local e foi inclusive flagrado portando arma de fogo com registro vencido.
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