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Itaú reconhece erro grosseiro que serviu de base na prisão do deputado André Corrêa
Na ação por danos morais no valor de R$ 1 milhão, movida na 36ª Vara Cível do Rio de Janeiro contra o Itaú S/A pelo deputado estadual André Correa (Democratas-RJ) e seu assessor parlamentar José Antônio Machado, os advogados da Wambier Associados, que defendem o banco, reconheceram o erro grosseiro em um suposto depósito no valor de R$ 34.161.208,00, que serviu de base para as prisões do deputado e do assessor parlamentar em novembro de 2018.
Segundo informações dos advogados do Itaú na ação por danos morais, o caixa do banco digitou o número do banco (341), a agência (6120) e o comando interno da operação (8) no lugar do valor do depósito. Ou seja: 341+6120+8 totalizaram R$ 34.161.208,00 e não R$ 5.595, 00, valor correto do cheque depositado pelo assessor José Antônio em sua conta.
BANCO RECONHECE E TENTA EXPLICAR O ERRO GROSSEIRO:
Extrato bancário apresentado pelo Itaú na ação por danos morais movida por André Corrêa e José Antônio.
“A trapalhada do Itaú, ou erro operacional, como preferem os advogados do banco, foi determinante para a decretação da minha prisão e do meu assessor parlamentar” disse Corrêa, que permaneceu preso por quase um ano sem sequer ter sido ouvido. Apesar de alertada para o fato, a Justiça Federal não retrocedeu durante todo este tempo.
Com a informação do Coaf sobre uma suposta movimentação de R$ 34 milhões na conta do assessor parlamentar, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal entenderam, que a "movimentação financeira sem lastro tinha como objetivo a ocultação de bens e valores e dissimulação de suas origens".
Na ação de indenização por danos morais os advogados do deputado e de seu assessor escreveram: "Por um erro grosseiro do réu (Itaú) coadunado pela falta de interesse do Parquet (Ministério Público Federal) em apurar com cautela as informações que com tanta convicção propagam, os autores permaneceram no cárcere sem serem julgados e muito menos condenados”.
Contatados, o deputado estadual André Corrêa e o assessor parlamentar José Antônio Machado revelaram que a quantia possivelmente determinada pela Justiça como danos morais será revertida em prol de instituições filantrópicas.
FOTO/CAPA/reprodução
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