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Na mesma semana em que uma onça-parda fêmea, também conhecida como suçuarana, foi capturada na chácara Recanto do Sabiá, distrito de Dorândia, em Barra do Piraí, no Sul Fluminense, agentes do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) receberam um gato-maracajá (Leopardus wiedii) encaminhado pela Defesa Civil de Porciúncula ao posto da unidade de conservação localizado no Parque Estadual do Desengano, no norte do Estado do Rio de Janeiro.

O gato-maracajá, possivelmente, vítima de atropelamento, apresentava fratura completa na pata dianteira e pequenas lacerações na face da pata traseira. O felino foi encaminhado para a Universidade Estácio de Sá, em Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde passou por cirurgia e está sendo acompanhado por médicos veterinários.

O gato-maracajá é um felino nativo da América Central e do Sul, podendo ser encontrado em todo o Brasil, com exceção do Estado do Ceará e metade meridional do Estado do Rio Grande do Sul. Ele possui uma cauda mais longa do que os seus membros posteriores e tem hábitos noturnos e solitários, além de grande capacidade para saltos.

No início de agosto, técnicos do Inea foram alertados sobre a presença de uma onça-parda circulando pelas ruas do Centro de Cachoeiras de Macacu. “Isso demonstra a pressão que vem sofrendo os fragmentos florestais, sua gigantesca biodiversidade e sua capacidade de sustentação de espécimes tão distintas que alcança até animais do topo da cadeia alimentar”, disse o gestor e geógrafo do Parque Estadual do Desengano, Carlos Dário.

De acordo com o Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE) 1,3 milhão de animais morrem atropelados diariamente nas estradas do Brasil.

A maioria dos animais mortos por atropelamento é formada por pequenos vertebrados, como sapo, pequena ave, cobra, entre outros. Cerca de 20% dos registros são divididos entre animais de médio e grande portes, como gambá, lebre, macaco, gato-maracajá, onça-parda, lobo-guará, onça-pintada, anta e capivara.

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