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Com 6.040 votos contra e apenas 39 a favor, metalúrgicos rejeitam proposta apresentada pela CSN
Com 6.040 votos contra e apenas 39 a favor, mais 3 em branco e 3 nulos, os trabalhadores da Usina Presidente Vargas disseram não a proposta de acordo coletivo apresentada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), na assembleia convocada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, que foi realizada das 6h às 18h desta sexta-feira, 8, na Praça Juarez Antunes, Vila Santa Cecília, em Volta Redonda, no Sul fluminense.
Reivindicando reposição da perda salarial em torno de 30%; pagamento de PLR compatível com o lucro da empresa; fim do salário abaixo do piso; fim do banco de horas que substitui pagamento de hora extra; plano de saúde compatível com a importância dos trabalhadores, reajuste no cartão de alimentação e condições de trabalho dignas e seguras, os funcionários da CSN rejeitaram, por maioria esmagadora, a proposta da empresa, de 8,1% de reajuste nos salários de até R$ 3.000,00 e de 5% para salários acima de R$ 3.000,00.
O movimento espontâneo dos funcionários da CSN, que ganhou a adesão da oposição aos diretores do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, vem realizando encontros e paralisações desde a segunda-feira, 4. Desacreditado, os sindicalistas anunciaram uma pesquisa para apurar os itens da pauta de reivindicação para o acordo coletivo com data no dia 1º de maio.
Descontente com o movimento espontâneo dos trabalhadores, a direção da CSN emitiu nota, destacando, “que de acordo com a legislação, a empresa só pode negociar o acordo coletivo com o sindicato legalmente constituído para representar os trabalhadores. Desta forma, a CSN não reconhece a legitimidade de movimentos paralelos que ocorrem durante a negociação sindical. Eventuais disputas sindicais e movimentos pontuais não podem interferir no processo natural de negociação. É importante permitir à totalidade dos empregados, democraticamente, exercer o seu direito de votação”.
Por outro lado, o movimento espontâneo dos funcionários da CSN, que está sendo alijado das negociações pelos diretores da empresa e também pelos sindicalistas, iniciou uma campanha pela desfiliação ao Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, que está sendo tratado pelos trabalhadores como aliado da empresa nas negociações do acordo coletivo.
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