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PF prossegue investigando desvios nos fundos partidário e eleitoral do PROS e Solidariedade
Alvo da “Operação Fundo do Poço” deflagrada Polícia Federal (PF) em julho, Eurípedes Júnior, então presidente nacional do partido Solidariedade, segue cumprindo medidas cautelares determinadas pelo juiz Lizandro Garcia Gomes Filho, titular da 1ª Zona Eleitoral do Distrito Federal, como usar tornozeleira eletrônica; não manter contatos com investigados, diretamente ou por advogados; não acessar as sedes nacional e regionais do partido Solidariedade; e não realizar transações bancárias como saques e transferências de valores em contas corrente, poupanças ou investimentos no exterior.
Acusado de envolvimento em um esquema de desvios nos fundos partidário e eleitoral, Eurípedes Júnior foi o principal alvo da Operação Fundo do Poço, que investiga um desvio, para fins pessoais, de mais de R$ 36 milhões dos fundos partidário e eleitoral do antigo Partido Republicano da Ordem Social (PROS), incorporado, em 2023, ao Solidariedade.
Na 1ª Promotoria do Distrito Federal, o promotor eleitoral Paulo Binicheski se posicionou contra a revogação da prisão preventiva com adoção de medidas cautelares, pontuando, que ainda é preciso garantir o prosseguimento da investigação de crimes eleitorais, de lavagem de dinheiro e de organização criminosa.
A defesa de Eurípedes Júnior sustentou que não há provas de autoria de crimes, revelando, que ele se licenciou e posteriormente renunciou à presidência do Solidariedade e não está mais filiado à legenda.
Segundo a PF, Eurípedes Júnior usava candidaturas ‘laranjas’ e a Fundação de Ordem Social para desviar recursos entre 2022 e 2023. De acordo com a investigação, o grupo de Eurípedes Júnior usava empresas de fachada para lavar o dinheiro através da compra de imóveis e do superfaturamento de serviços de consultoria jurídica prestados ao próprio partido.
De acordo com o relatório da PF, Eurípedes Júnior usou os recursos desviados para financiar ao menos 36 viagens internacionais com a família. Além disso, ele ainda é investigado pelo eventual envolvimento no sumiço de um helicóptero avaliado em R$ 3,5 milhões do partido extinto do qual ele era presidente. As informações são do jornal Estado de São Paulo.
Considerado fenômeno político, Eurípedes Júnior chegou à presidência nacional do Solidariedade tendo exercido apenas o cargo de vereador na cidade de Planaltina de Goiás, no entorno do Distrito Federal, em 2008.
Como o PROS seria extinto por não cumprir a cláusula de barreira (desempenho mínimo exigido na lei eleitoral para que um partido sobreviva), o partido foi incorporado ao Solidariedade em fevereiro de 2023. E Eurípedes virou presidente da sigla, mesmo ela tendo nomes mais experientes na política, como o deputado Paulinho da Força (SP) e a ex-deputada Marília Arraes (PE).
FOTO/CAPA/reprodução - Eurípedes Júnior
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